
O cyberbullying é um problema crescente nos Estados Unidos. Todos os anos, mais crianças e adolescentes são vítimas de assédio e abuso na Internet. Mesmo que uma criança nunca tenha sido alvo de cyberbullying, ela pode ter testemunhado alguém sendo intimidado online.
Sabe-se que cerca de 7 em cada 10 crianças sofrem cyberbullying antes dos 18 anos. Na maioria das vezes, o cyberbullying ocorre em plataformas populares de mídia social, como Facebook e Twitter.
Isso significa que mais crianças estão se tornando vítimas, já que o número de usuários de redes sociais aumenta drasticamente, apesar do alto risco de sofrerem bullying.
Índice
A natureza do cyberbullying
O cyberbullying é semelhante ao bullying tradicional, que envolve assédio verbal e físico ou humilhação de outra pessoa na vida real. O bullying online pode ser realizado apenas por escrito ou por meio de vídeos, já que o agressor pode estar a quilômetros de distância da vítima.
A Ditch the Label define o cyberbullying da seguinte forma:
O cyberbullying é o uso de tecnologias digitais com a intenção de ofender, humilhar, ameaçar, assediar ou abusar de alguém.
Embora algumas pessoas que enviam comentários e mensagens ofensivas a outras não se considerem cyberbullies, na verdade são. Qualquer pessoa se torna um cyberbully se realizar as seguintes ações:
- Assediar outra pessoa na Internet;
- Zombar, envergonhar ou constranger outras pessoas;
- Fingir ser outra pessoa;
- Ameaça de causar danos físicos ou matar outra pessoa;
- Perseguir outra pessoa online;
- Distribuir ódio com base na raça, orientação sexual ou gênero;
- Incentivar outras pessoas a cometer crimes de ódio.
Infelizmente, o cyberbullying não é apenas uma brincadeira inocente de crianças. Muitas vezes, ele traz consequências bastante graves, começando pela condição emocional vulnerável da vítima e terminando com sua morte por suicídio.
Na maioria dos estados dos EUA, tais ações são consideradas crimes, e as leis relevantes sobre cyberbullying determinam a punição.
O que são as leis federais contra o cyberbullying?
O cyberbullying em si não é crime e não existe nenhuma lei federal contra ele. No entanto, se envolver ações proibidas, como ameaças de violência, compartilhamento de conteúdo explícito, distribuição de pornografia infantil, perseguição ou ódio cultural/religioso/sexual, pode ser considerado assédio e julgado de acordo com as leis federais de direitos civis.
De acordo com as leis contra o cyberbullying nos EUA, alguns casos de bullying online se enquadram em regulamentações relacionadas a assédio ou abuso. Isso significa que casos específicos podem acabar em tribunais civis ou resultar em acusações criminais e processos judiciais por crimes que se enquadram na Lei de Fraude e Abuso Informático (CFAA).
Se o cyberbullying envolver qualquer uma das atividades descritas anteriormente neste artigo, ele deve ser denunciado às autoridades locais.
Quais estados têm leis contra o cyberbullying?
A legislação sobre o mesmo assunto pode variar de estado para estado nos EUA, e a lei sobre cyberbullying não é uma exceção. Cada estado tem seus próprios regulamentos relativos ao cyberbullying e suas consequências.
Consequentemente, as penalidades para o cyberbullying também variam de estado para estado. Em particular, elas podem variar desde a suspensão do agressor da escola até a prisão.
Você pode encontrar um mapa destacando as leis contra o cyberbullying por estado no StopBullying.gov, um site oficial do governo dos Estados Unidos.
Se você ou seu filho forem vítimas de cyberbullying, podem denunciar imediatamente às autoridades locais. Recomendamos que você consulte as leis do seu estado para saber exatamente o que é considerado crime relacionado ao cyberbullying na sua região.
Como posso evitar que meu filho seja vítima de cyberbullying?
Muitas crianças escondem seu comportamento online dos pais para evitar reações exageradas. Isso significa que você pode não perceber que seu filho está sendo vítima de bullying (ou é um agressor) por um longo tempo. No entanto, você pode identificar o cyberbullying se souber o que seu filho está fazendo online.
Uma das maneiras comprovadas de descobrir o que está acontecendo no ambiente digital de uma criança é instalar um aplicativo de controle parental em seu celular. Com uma ferramenta de monitoramento, como o Eyezy, os pais podem estar sempre cientes de com quem seus filhos se comunicam nas redes sociais.
Se você suspeitar que seu filho está sendo vítima de cyberbullying, você pode usar Eyezy para obter provas de abuso e usá-las contra o agressor. Mas o mais importante é que o aplicativo de controle parental pode ajudar a impedir que seu filho seja vítima de bullying, restringindo o acesso a sites e aplicativos tóxicos em seu celular ou tablet.
Como a legislação protege os usuários de mídias sociais contra o cyberbullying?
A legislação desempenha um papel crucial na proteção dos usuários de redes sociais contra os efeitos nocivos do cyberbullying. À medida que o assédio online continua a aumentar, muitos países introduziram leis rigorosas para proteger os indivíduos, especialmente os menores, contra o abuso digital. Veja como os marcos legais ajudam a combater o cyberbullying nas redes sociais:
1. Criminalização do assédio e das ameaças online
Muitos países promulgaram leis que classificam o cyberbullying como crime. Essas leis abrangem comportamentos como enviar mensagens ameaçadoras, espalhar informações falsas e praticar assédio online. Os infratores podem enfrentar multas, ordens de restrição ou até mesmo prisão, dependendo da gravidade de suas ações.
- Exemplo: Nos Estados Unidos, leis como a Lei de Prevenção ao Cyberbullying criminalizar o assédio online, enquanto o Lei sobre Comunicações Maliciosas de 1988 no Reino Unido, visa mensagens ameaçadoras ou abusivas.
2. Imposição da responsabilidade da plataforma
A legislação frequentemente exige que as plataformas de mídia social assumam a responsabilidade pela segurança dos usuários. As plataformas devem implementar ferramentas para denunciar abusos, remover conteúdos prejudiciais prontamente e proteger os dados dos usuários.
- Exemplo: O Lei dos Serviços Digitais (DSA) da União Europeia obriga as plataformas a moderar conteúdos prejudiciais e a fornecer mecanismos de denúncia transparentes.
- Exemplo: Na Austrália, o Lei de Segurança Online de 2021 autoriza as autoridades a exigirem a remoção de conteúdo abusivo em até 24 horas.
3. Proteção para menores e grupos vulneráveis
Existem leis específicas que se concentram na proteção de menores, que são os mais vulneráveis ao bullying online. Essas leis geralmente exigem que as escolas e os pais eduquem as crianças sobre segurança online e determinam consequências rigorosas para os jovens envolvidos em cyberbullying.
- Exemplo: O Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPA) nos EUA restringe a coleta de dados de crianças menores de 13 anos, limitando sua exposição a riscos online.
4. Leis contra a difamação e de proteção à privacidade
O cyberbullying geralmente envolve a divulgação de informações falsas ou prejudiciais. As leis de difamação e privacidade protegem as vítimas, permitindo que elas tomem medidas legais contra aqueles que prejudicam sua reputação ou violam sua privacidade online.
- Exemplo: Países como o Canadá têm leis contra assédio criminal e difamação, oferecendo às vítimas uma maneira de buscar justiça.
5. Denúncia obrigatória e apoio às vítimas
Algumas leis exigem que as plataformas de mídia social e instituições denunciem casos graves de cyberbullying às autoridades policiais. Além disso, os governos financiam serviços de apoio para ajudar as vítimas a lidar com o impacto emocional do assédio online.
- Exemplo: Nos Estados Unidos, as escolas são frequentemente obrigadas a relatar incidentes de bullying, incluindo casos online, de acordo com as leis estaduais contra o bullying.
A legislação continua a evoluir para lidar com novas formas de cyberbullying. Ao responsabilizar indivíduos e plataformas de mídia social, as leis oferecem proteção e apoio vitais para os usuários que navegam no mundo digital.


